Reflexões sobre a Responsabilidade Social da Igreja


Muito tem se falado nesses dias sobre a Responsabilidade Social da Igreja, e graças a Deus que tem levantado pessoas para falar sobre essa temática de tanto valor para nossa sociedade e, principalmente para nós cristãos.
Tenho pensado muito em como a Igreja pode encontrar um equilíbrio entre o evangelismo , a provisão de necessidades básicas, bem como contribuir na diminuição dos problemas sociais. Nós como Igreja (corpo de Deus), temos caído muito em apenas um dos lados da mesma moeda:  ora  a igreja se foca apenas no evangelismo, preocupando-se apenas com a pregação do evangelho e a salvação do perdido; ora a Igreja se foca apenas no assistencialismo e em suprir as necessidades básicas e emergenciais das pessoas; ou a Igreja  tenta “resolver” a questão social, com projetos e ações sociais desvinculados do evangelho.
John Stott diz que o projeto de Deus ao criar os seres humanos para viverem em comunidade decorre do seu projeto para nós como seres “essencialmente comunitários”.
A Igreja não pode ver o homem apenas como uma ALMA (enfatizando e preocupando-se apenas com sua “salvação”).  Não podemos como Igreja ver o homem  apenas como CORPO (de forma que não deveríamos apenas nos preocupar com alimentação, vestuário, abrigo e saúde). Mas também não podemos ver o homem apenas como SERES SOCIAIS (de forma que deveríamos apenas nos preocupar com a questão social e problemas comunitários). 
É claro que existem e vão existir diversas situações e momentos específicos, onde teremos que “atuar” emergencialmente em algumas dessas três áreas específicas. Haverá   momentos em que teremos que saciar a “fome” física de alguém, e haverá momentos que devemos saciar apenas a “fome” espiritual de uma pessoa.  Até porque nem sempre alguém que precise conhecer a Deus terá dificuldades financeiras e ou vice versa.
Resumindo então, evangelizar (suprir as necessidades espirituais), dar alimento e outros (suprir necessidades físicas) e realizar ações e projetos sociais (suprir necessidades comunitárias e questão social) são ferramentas maravilhosas e proveitosas que Deus nos dá  para proclamar o Reino  Dele através de nós, para mostrar a sua glória e também para abençoar o nosso próximo. Porém precisamos encontrar um equilíbrio para que o propósito de Deus para nós seja cumprido. E como encontrar esse equilíbrio?

Meu discipulador, o Pr. Márcio Gonçalves afirma que “Em João 6.5 Jesus ensina que não podemos, depois de ouvirem a sua mensagem, deixar as pessoas irem para suas casas com a barriga vazia. E em João 6.26,53 Jesus ensina que não podemos deixar as pessoas irem com suas barrigas cheias, para o inferno.
Este é o padrão perfeito de Cristo, onde precisa estar situado o papel social da igreja, na sua missão singular de salvar pecadores para Ele”.

Queridos amigos, que possamos refletir sobre nosso papel principal como Igreja nesse mundo e que nós como igreja paremos de ficar entre quatro paredes, apenas nos templos nos enchendo, enchendo e retendo para nós mesmos aquilo que pessoas lá fora estão necessitando, seja espiritualmente, seja fisicamente ou socialmente.  Que sejamos a resposta de orações de pessoas, e que levemos o amor de Deus a todos que estiverem ao nosso alcance.
E que, acima de tudo, olhemos para a nossa referência, que é Cristo, que se destituiu de toda sua glória, e assumiu a forma de servo, fazendo-se em semelhança de homem...humilhou-se a si mesmo....  E além de tudo que fez na cruz para nos salvar dos nossos pecados e condenação eterna, ele também pregou a todos o arrependimento, o reino de Deus, alimentou multidões, libertou os cativos, visitou e curou enfermos e endemoniados, cuidou de feridas físicas e espirituais, falou sobre problemas sociais, chorou com aqueles que choravam, ressuscitou mortos e muito mais.



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